30.6.07
Por que é que nos anúncios de escovas de dentes aparece sempre um dentista que para comprovar a maravilha da dita escova anunciada, escova um tomate?
16.6.07
Santo António
Uma vez que estamos no mês dos santos populares (o que para muitos não representará mais do que uns feriados e umas pontes que tão bem calham, vinho tinto, sardinha assada, arraiais e marchas populares), resolvi postar algo um pouco mais aprofundado sobre esta época festiva, mais especificamente sobre o Santo António. Não só por ser o santo padroeiro de Lisboa, mas também por estar relacionado com Pádua - cidade italiana, que tanto me cativou.
Comecemos com um pouco de história: Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo (mais tarde Santo António) nasceu em Lisboa em 15 de Agosto de 1195 e morreu em Pádua em 13 de Junho de 1231. Os primeiros oito anos da sua vida foram passados em Lisboa e Coimbra e inteiramente dedicados aos estudos, tendo ficado conhecido como "Arca do Testamento" entre os seus colegas devido à sua vasta cultura. Ao contactar com alguns fransciscanos que passaram por Coimbra, Fernando Azevedo ficou claramente impressionado com a sua postura e decidiu entrar para a Ordem Franciscana, adoptando o nome de António (em homenagem a Santo Antão). Partiu para Marrocos para pregar a Palavra, mas ao chegar a África adoeceu, o que o obrigou a regressar de imediato a Portugal. Porém, uma forte tempestade obrigou o barco onde seguia a dirigir-se para o Mediterrâneo, atracando na Sicília. Uma vez em Itália e já recuperado da doença que contraíra, Santo António decidiu viajar até Assis, onde conheceu São Francisco pessoalmente. De cidade em cidade, de pregação em pregação, Santo António chegou a Pádua onde converteu um grande número de pessoas. Fruto da sua dedicação aos pobres e humildes, Santo António foi eleito pelo povo como o "Santo protetor dos pobres". Aos 36 anos acabou por falecer, encontrando-se os seus restos na Basilica di Sant'Antonio, na cidade de Pádua.
Em termos de comemorações, as diferenças entre as culturas italiana e portuguesa são visíveis. Enquanto que em Lisboa temos as marchas, os arraiais, Alfama repleta de balões, arcos e manjericos, as sardinhas, as febras e o tinto na noite de dia 12...



Também há outros aspectos em que Itália e Portugal se diferenciam, nomeadamente no que diz respeito às respectivas igrejas construídas como homenagem ao Santo António. A Igreja do Santo, em Lisboa, de dimensões claramente inferiores à grande basílica italiana, foi alegadamente construída no local onde nasceu. Para os mais distraídos, é uma pequena igreja ao pé da Sé, no bairro de Alfama.

Em Pádua, a Basilica di Sant'Antonio foi construída um ano após a sua morte e é das mais visitadas do mundo. É aí que estão os seus restos mortais.

Para terminar este post, não poderia deixar de fazer referência a um outro aspecto relacionado com o Santo António: a colecção de 728 "Santo Antónios" que o meu avô ofereceu à cidade de Portalegre (da qual o Santo também é padroeiro), onde viveu durante muitos anos e que se encontra no Museu Municipal. Porquê coleccionar estes Santos, em formas de estátuas e de quadros essencialmente? Diz-se que foi após o nascimento do meu pai, de nome António, que se dedicou a tal passatempo. Se algum dia estiverem pelo Alentejo, por que não visitar?
.
* Também em Lisboa tem lugar uma procissão durante o dia 13, muito menos movimentada do que a de Pádua. Muitos provavelmente nem saberão da sua existência.
10.6.07
2.6.07
Se non fosse perchè...
Se non fosse perché i tuoi occhi hanno color di luna,
di giorno con argilla, con lavoro, con fuoco,
e tieni imprigionata l'agilità dell'aria,
se non fosse perché sei una settimana d'ambra,
di giorno con argilla, con lavoro, con fuoco,
e tieni imprigionata l'agilità dell'aria,
se non fosse perché sei una settimana d'ambra,
se non fosse perché sei il momento giallo
in cui l'autunno sale su pei rampicanti
e anche sei il pane che la luna fragrante
elabora passeggiando la sua farina pel cielo,
oh, adorata, io non t'amerei!
Nel tuo abbraccio io abbraccio ciò ch'esiste,
l'arena, il tempo, l'albero della pioggia,
e tutto vive perché io viva:
senz'andare sì lungi posso veder tutto:
vedo nella tua vita tutto ciò che vive.
in cui l'autunno sale su pei rampicanti
e anche sei il pane che la luna fragrante
elabora passeggiando la sua farina pel cielo,
oh, adorata, io non t'amerei!
Nel tuo abbraccio io abbraccio ciò ch'esiste,
l'arena, il tempo, l'albero della pioggia,
e tutto vive perché io viva:
senz'andare sì lungi posso veder tutto:
vedo nella tua vita tutto ciò che vive.
. Pablo Neruda
. Obrigada, Carla :) .
26.5.07
13.5.07
Oh my plug in baby...
Ultimamente ando a ouvir Muse por tudo quanto é lado. Quanto mais oiço, mas vontade de ouvir tenho. E como tal tive de vir aqui meter um vídeo destes grandes senhores...