10.12.05

Take a break.


Caminho pela típica calçada portuguesa que me leva a lugar nenhum (ou pelo menos a um lugar diferente). Por vezes entorto os pés porque ainda não me habituei aos saltos altos. Tento disfarçar o meu handicap num sorriso e num movimento solene no qual levo a minha mão ao bolso do casaco como se procurasse alguma coisa. Um café rápido, perto de um mundo imaginário de filmes que me preenchem e dos quais gostaria de fazer parte. metaphor for a missing moment, pull me into your perfect circle...
Pego num que há muito quero comprar mas que ainda não tive corgem. Como seria se fossemos personagens de um filme, onde tudo caba sempre bem por mais dramas que sucedam? Ao fim de 45mins a olhar para o grande ecrã já sabemos de antemão que as personagens principais ficam juntas, que o pai afinal não morreu como todos pensam, que o irmão raptado aparece e está de perfeita saúde e todos vilões serão castigados como merecem. É tão simples... é tudo preto no branco. É a crença no mundo justo onde os bons são recompensados e os maus castigados. Com direito a banda sonora. her beauty and the moonlight overthrew you, she tied you to her kitchen chair, she broke your throne and she cut your hair and from your lips she drew the hallelujah...
Sorrio, sonho e volto à calçada e a entortar os pés e à realidade que me alegra e ao mesmo tempo me atormenta e me alimenta de sonhos e me destrói e me enche de desejos e de vontade de continuar e de mudar e de caminhar e de parar e de sorrir e de sonhar. Também com banda sonora. See you at the bitter end...

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